Netescrita

António Mota começou por afirmar que já não lia esse livro há muito tempo, que mal se lembrava da história e das personagens, à excepção da Manuela, do Chancas Maravilha e do professor de Educação Física.
No entanto, ao longo da conversa que manteve connosco, não deixou de contar várias coisas engraçadas sobre o livro. Por exemplo, a aldeia da Barroca nasceu da sua imaginação. Já as personagens Manuela e Chancas existem. A Manuela casou-se há pouco tempo e vive em Espanha; o Chancas Maravilha era o nome de um dos colegas do filho de António Mota. As receitas que aparecem no livro, o arroz de cabidela e o bolo de maçã, são uma homenagem à sua sogra. António Mota lamentou-se pelo facto de já não poder comer esse bolo, o seu favorito, uma vez que é diabético. Por último, disse que tinha dado o título “Os Heróis do 6ºF” como uma espécie de provocação. Ao contrário das turmas A, dos bons alunos que moram perto da escola, o 6ºF era uma turma constituída por alunos que vinham de longe, que chegavam à escola de autocarro e que eram “feios”, “franganotes” e “fracos”.
Para escrever, António Mota inspira-se na imaginação e nas memórias de infância. Afirmou, também, que um livro deve contar toda a história logo no primeiro parágrafo.
Em conclusão, nós gostámos muito deste encontro com o escritor e de ouvir as suas histórias.
(A Turma do 6ºB – Escola EB 2/3 Abel Varzim, Vila Seca, Barcelos)
*******************************************************************