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segunda-feira, março 19, 2007

A Lupa (conclusão)
 


Eu sentia-me feliz até ele dizer uma coisa um bocadinho estranha, a mãe dele pegou em coisas redondas que pareciam rodelas de tomate mas muito mais pequeninas e brilhantes. Em seguida o Artur recebeu aquelas coisas redondas e a Raquel pegou em mim e embrulhou-me com um papel cor-de-laranja e acho que me pôs dentro de uma caixa pequenina. Em seguida, dentro da caixa, andava sempre aos pulos, sentia-me tonto, parecia que estava numa montanha-russa daquelas em que andamos quase sempre à roda. E como se não bastasse eu estar tonto, também tinha dores de cabeça. Eu só pensava numa coisa, quando é que eu sairia dali. Quando finalmente a caixa parou, o rapazito tirou-me dali, o Ricardo, e começou a olhar para mim muito perto de plantas, insectos e cascas de árvores. E eu encantava-me, tal como o Ricardo, a ver essas coisas da natureza. Um dia o Ricardo foi a uma quinta com muitas vacas, galinhas, porcos. Também havia um potro muito belo. Havia estes animais todos mas o meu preferido era o coelho Napoleão.
Depois o Ricardo foi ao campo ver especialmente as borboletas com as suas asas com cores de deslumbrar e encantar a visão. Passadas duas semanas, o Ricardo comprou uma bola de futebol e começou a jogar com ela, eu pensava que estava tudo acabado entre nós os dois, mas afinal ele não foi a pessoa que eu pensava que fosse ser. Eu pensava que ele iria esquecer-me, mas não, ele brincou com a bola e depois deu-me uso outra vez. E foi sempre assim durante toda a vida, o Ricardo nunca, mas nunca se esqueceu de mim. E foi esta a história da minha vida.
(Rui Pedro Serrão Guerreiro Alves, 5.º ano, Escola EB2,3 D. Martinho Castelo Branco)

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