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sexta-feira, novembro 05, 2004

Um amigo
 

Através desta amiga recebemos este texto de uma netescritora do sexto ano da escola Frei António das Chagas e que nos traz à memória uma história de Sophia de Mello Breyner.



[in convitedigital.hpg.ig.com.br ]

Era uma vez uma praia muito grande e quase deserta, onde havia rochedos enormes.
Durante a maré alta, os rochedos ficavam cobertos de água, e só se via as ondas que vinham crescendo de longe, até quebrarem na areia com um barulho de palmas.
Na maré vazia, as rochas apareciam cobertas de limos, de búzios, de anémonas, de lapas, de algas e de ouriços.
Surgiam poças de água, rios, caminhos, grutas, arcos, cascatas. Havia pedras de todas as cores e feitios, pequeninas e macias, polidas pelas ondas ao longo dos tempos.
A água do mar era transparente e fria. Às vezes, passava um peixe, mas tão rapidamente, que mal se via.
Um dia, o peixe que vinha com menos pressa, perguntou à praia:
- Praia, não te sentes sozinha?
Ela respondeu:
- Eu sinto-me sozinha porque não tenho amigos. Os peixes, as baleias que passam por mim, não querem ser meus amigos, nem me vêem.
Então, o peixe disse-lhe:
- A partir de hoje, já não tens razão para ficares triste, pois eu prometo que te venho visitar todos os dias.
- Ai que bom! Finalmente, tenho um amigo para brincar e conversar.
E, assim, a praia nunca mais ficou sozinha, nem triste, pois sabia que já tinha um amigo, por quem ela esperaria todos os dias.
(Rosa, Esc. Frei Ant. das Chagas)


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