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terça-feira, novembro 16, 2004

Noite de Natal
 

Estão recordados da Sofia Garcia?
No ano lectivo passado esta netescritora enviou para o blog 1, 2, 3, 4 trabalhos seus.
Agora, com a aproximação do Natal, escreveu esta história.



[in pcguia.xl.pt]

Numa noite fria em que nevava fortemente Ana, debruçada sobre o parapeito da janela, olhava os pinheiros carregados de neve.
Imaginava um daqueles pinheiros enfeitado e a brilhar na sala, o calor da lareira, a beleza do presépio e o cheirinho dos doces típicos de Natal. Esperava, ano após ano, por um Natal assim mas em casa as coisas não iam bem.
Os seus sonhos foram interrompidos quando a mãe a chamou com a mesma brutidão de sempre:
- Ana, que estás a fazer aí? À espera do Pai Natal? Vai já para a cama.
Ana foi para o quarto. Um quarto frio e iluminado por uma simples vela. Vestiu de uma só vez o pijama e meteu-se na cama. Colocou a pequena vela ao seu lado e pegou no livro que a sua melhor amiga, Rita, lhe tinha oferecido e começou a ler: A- noi-te- de- Na-tal...
De repente, do nada, apareceu a Rita acompanhada de um rapazinho.
- Olá! - disse a Rita - Estás a gostar do livro?
- Sim! Mas... o que estás aqui a fazer?
Encontrei este menino e fomos dar um passeio. Depois vimos luz na tua janela e aproximámo-nos. Como estava aberta, entrámos para te fazer uma visita.
- Como entraram sem eu ver? - interrogou-se a Ana.
Sentiu um forte arrepio e... acordou. Estava a sonhar!? Olhou em volta e viu a janela aberta, levantou-se para a fechar. Mas o quarto estava diferente! Tinha um candeeiro, uma secretária e a cama tinha uma coberta cor-de-rosa. Sentiu um cheirinho a leite creme e correu para a sala. Começou a chorar. Tudo o que imaginara tantas vezes era realidade. Na mesa havia doces de Natal, pegou numa filhós e levou-a à boca. Hum! Que boa! Sorriu ao olhar o presépio e ao ver a árvore iluminada e cheia de presentes. Viu um sofá grande e confortável e deitou-se. Sentiu o calor que vinha da lareira... agora tinha uma casa a sério!
Os pais entraram na sala sorridentes, foram-lhe explicando, enquanto a irmã cantava canções de Natal, que as dificuldades que passaram ao longo daqueles anos foram necessárias para pouparem algum dinheiro para poderem melhorar as condições em que viviam e que, entretanto, tinham arranjado um emprego melhor.
Deram-lhe um beijo e a Ana adormeceu feliz!
(Sofia Garcia, 7.º ano, Escola Flávio Gonçalves)


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